quarta-feira, 1 de junho de 2011

Família é Benção

Por onde começar? Por muito tempo desejei criar um blog. E, graças a Deus, ele agora está no ar. Desejei ter um blog porque queria compartilhar com vocês um pouco da minha vida e da minha história. Sinto-me extremamente privilegiada em poder servir ao Senhor com a minha vida e por ter sido escolhida por Deus. Todos nós devemos nos sentir assim porque Deus escolheu cada um de nós e nos formou de uma maneira toda especial. Como é bom ter um Pai que cuida de nós nos mínimos detalhes.




Nesse primeiro encontro, gostaria de compartilhar um pouquinho da minha história. Sou filha do meio do pastor Roberto Rodrigues de Souza e da missionária Norma Rodrigues de Souza. Sou irmã da cantora Danielle Cristina e da Sarah, cunhada do pastor Cristian Oliveira, casado com a Dani, e tia da Larissa e da Ashley. Sou casada com o pastor Silas Santos Malafaia Filho, e mãe da Hadassah de Souza Malafaia. Muita gente me pergunta se sou filha do pastor Silas Malafaia. Sou nora dele, mas filha do coração.


Nasci em Vila Velha, no estado do Espírito Santo, porém aos seis anos de idade fui com os meus pais e irmãs morar nos Estados Unidos, na cidade de Boca Raton, na Flórida. Meu pai é advogado criminalista, pastor, professor de teologia e um pai que nos ensinou o verdadeiro caminho que é Jesus Cristo.

Pastor desde muito jovem, meu pai advogava no estado do Espírito Santo, mas sentiu o chamado de Deus para abrir uma igreja nos Estados Unidos. Ele foi primeiro, e depois de alguns meses, fomos eu, minha mãe, e minhas irmãs. Lembro como se fosse hoje dos primeiros cultos da Igreja Assembleia de Deus de Boca Raton. Foi realmente um ato de fé e confiança em Deus porque meu pai foi para os Estados Unidos sem qualquer tipo de mantenedor. Ele abriu mão de tudo para fazer a obra de Deus. Isso marcou a minha vida e a minha história. A fé do meu Pai me fez entender que realmente não existe outro Deus como o nosso. Deus é fiel!

Sinto-me emocionada ao lembrar-me de tudo o que passamos. Realmente vivíamos pela fé. Hoje, os meus pais estão de volta ao Brasil, assim como eu. Só que eles voltaram para a casa onde passei a minha infância, no Espírito Santo.

Minha mãe, Norma, é uma mulher de ferro, mãezona, cuidadora, zelosa e de um coração enorme. Nunca reclamou de nada e sempre esteve disponível para receber as pessoas em nossa casa. Como ela se dedicou à igreja, aos filhos e à nossa casa. Minha mãe nunca deixou a desejar. Apesar de tantos afazeres a nossa casa estava sempre muito bem limpa e cheirosa, a comida sempre fresquinha e nós, sempre muito bem cuidadas. Ela nos ensinou muito com a sua dedicação e o seu amor para com a obra de Deus. Tenho muito orgulho dos meus pais por terem se sacrificado tanto em prol da obra. Verdadeiramente eles são exemplos para nós.

Não posso deixar de falar das minhas irmãs, Dani e Sarinha, para os mais chegados. A gente dormia no mesmo quarto, juntas, e misturadas. Cantávamos juntas e praticamente fazíamos tudo juntas. Sempre fomos muito unidas.

A Dani sempre foi uma irmãzona, muito cuidadosa e muito dedicada na igreja. Ela é assim até hoje. Como ela é dinâmica. Quando fomos para os Estados Unidos a Dani tinha 10 anos. No início dos trabalhos, ela tocava o piano com um dedo apenas, e olha que aprendeu a tocar sozinha.

Modesta, ela não divulga que toca piano – diz que só arranha. Queria eu arranhar como ela, pois não toco nenhum instrumento. Já fiz algumas aulas de piano, mas não dei continuidade. Não desisti não! Um dia eu vou aprender.

A Dani sempre nos incentivava e praticamente fazia tudo na igreja. Ela era o braço direito do meu pai. Cuidava de tudo com muito carinho. Sempre cantou na igreja desde nova e o Senhor usava muitas pessoas para falar a respeito do seu ministério.

Hoje, podemos ver as promessas de Deus se cumprindo em sua vida. Tudo isso por causa da obediência a Deus e pela fidelidade do Senhor, que nos proporcionou essa honra.

Hoje, quando vou às igrejas e ouço cantar as músicas Deus Tu És Santo e Fidelidade me emociono demais. Parece até um sonho. Nunca imaginávamos o que Deus faria. A Dani é uma referência para mim. E, até hoje, na medida do possível, porque ela mora em Connecticut, nos Estados Unidos, antes de fazer qualquer coisa eu converso com ela.

A Sarinha, minha irmãzinha, também é motivo de orgulho para nós. Ela sempre foi muito espoleta e engraçada. A Sarah sempre nos faz rir. Hoje ela está no Brasil passando um tempo comigo. Muito estudiosa, ela é formada em Ciências Políticas. Pensa em uma pessoa determinada? É ela.

Lembro-me muito bem que a gente brincava muito. Uma vez a minha mãe, depois de chamar a atenção da Sara, pegou o cinto para corrigi-la. Ela, para não apanhar da minha mãe, ficou correndo em volta da mesa. Minha mãe acabou não batendo nela e todo mundo caiu na gargalhada.

Numa outra vez, os meus pais saíram para trabalhar e deixaram ordem para limparmos o quarto. A gente brincou tanto naquele dia que o tempo passou e quando eles voltaram o nosso quarto não tinha sido arrumado. O meu pai pegou o cinto e no corredor mesmo chamou a gente para nos corrigir. Eu e ela começamos a chorar antes mesmo de ele bater. O meu pai então se compadeceu e falou: “Nem bati e vocês já estão chorando?”. Foi a nossa salvação. Compartilhamos de muitas coisas juntas. Minhas irmãs, e toda a minha família, são presentes de Deus para mim. Tenho muito orgulho de ter uma família tão abençoada.

Na próxima edição vou falar um pouco de como conheci o Silas e das outras pessoas da família, que são bênção demais na minha vida. Até a próxima.